segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Não Curti!?


A Polêmica do botão Não curti!

O presidente-executivo e um dos fundadores do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou que a rede social está desenvolvendo um botão de "não curti" ("dislike", em inglês). Zuckerberg não deu muitos detalhes quanto à novidade, mas deixou claro que não quer transformar o Facebook em um fórum em que as pessoas votam a favor ou contra uma publicação, o termo que usou para descrever o botão “não curti” foi botão empatia. É claro que foi trazido a pauta o constrangimento e guerra virtual que um botão “não curti” poderia provocar, afinal, ninguém quer passar pela situação de compartilhar um momento que foi importante para você e ter alguém ‘votando negativamente’ na postagem”. A dúvida é se o significado da palavra empatia realmente é o melhor para ser utilizado nesta novidade do Facebook.
A palavra empatia quer dizer “Capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se nas mesmas circunstâncias.

A noticia, como sempre, provocou as mais variadas reações nos usuários, embora os comentários mais repetidos citavam o “caos” que uma “descurtida” poderia gerar entre amigos, familiares e até desconhecidos que estão nas páginas da rede social. As expressões “Será um tiro no pé” , “Será um tiro em nossos corações dado por pessoas que achamos que gostam da gente” ou “vai rolar voadora virtual”, foram alguns dos comentários que mostram o ceticismo das pessoas acerca da nova função. Os internautas já estão pensando no que o botão “não curti” poderia causar, porque todos sabem que nos deparamos com notícias que não gostamos, como políticos corruptos, crimes, acidentes, mortes e outras coisas absurdas. O botão mal foi confirmado e já está coberto de expectativas mais negativas do que positivas até agora.


É óbvio que ninguém está pensando só no lado positivo que um botão desse traria como deixar um “não curti” em uma noticia que apresenta a corrupção politica, um crime bárbaro ou um acidente fatal, as pessoas também estão pensando no botão como uma coisa pessoal. Pelo menos aparentemente, percebe-se um provável medo das pessoas de que suas vaidades, atitudes, desejos, fantasias sejam derrubadas ou reprovadas – Será mesmo que o mundo está pronto para o “não curti”? – Será que estamos prontos para conhecer as pessoas que não nos curtem? Ou estamos prontos para mostrar as pessoas as coisas que não curtimos? – Hoje qualquer um de nós pode passar por uma página sem ser percebido, mas agora teremos que lidar com a tentação de deixar um pitaco nas coisas que não gostamos. Ou pode acontecer o contrário como, as pessoas que sempre passaram por nossa página com os dedos cheios de criticas porém não tiveram coragem de se expor ou deixar sua opinião, agora terão de resistir ou não a tentação de opinarem. O botão “não curti” tem trazido muitas perguntas nas nossas mesas de debate - Como será que as pessoas vão reagir? Será que nós podemos nos comportar de maneira educada a alguma “não curtida”, será que podemos seguir o que disse Voltaire “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.” Embora todos neguem, mas a opinião alheia tem muito poder sobre nós, seja para nos deixar aliviados ou irritados.
Uma coisa todos nós temos certeza que o botão “não curti” trará – Como quase tudo nesse mundo moderno, muita polêmica promete vir por ai, em um mundo que cada vez mais está inclinado para uma guerra virtual. Eu ainda prefiro meditar no que está escrito na Bíblia em Provérbios 21:23 – “O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias." – Ou no caso aqui, é melhor guardar o dedo.

Por Davi Oliveira

sábado, 12 de setembro de 2015

Judaísmo nas Igrejas Evangélicas?


Eu sempre observei o quanto as igrejas de hoje colocam o judaísmo e suas práticas no culto cristão, como quipá, xale, datas religiosas, rituais, objetos e isso tem levado as pessoas que estão lá a experimentar uma confusa salada entre lei e graça – Chegando até a deixar os poucos que tem noção de que não devemos misturar a lei e a graça confusos. O caso mais recente foi quando ouvi uma pessoa que apresentou dúvidas ao me questionar sobre o Yom Kipur ou dia da expiação, uma das mais importantes datas do judaísmo, que é acompanhado de sacrifício pelos pecados, jejum de um dia e oração intensa de arrependimento. O fato é, depois que ouviu um determinado “apóstolo” explicar sobre o tema , o que deixou muitas pessoas sinceras confusas , além é claro da maioria que sequer se dá ao trabalho de conhecer o assunto por si mesma ou ouvir outra opinião, e ao som de “Glória a Deus, Aleluia, mão levantadas e uma oferta financeira”  se comprometeram a participar do feriado judeu. Mas o que realmente me chamou atenção é a “salada” que alguns cristãos fazem com a lei e a graça.

O perigo de misturar a lei e a graça – “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.” João 1:17

É bom destacar que a lei não foi dada aos cristãos, e que os cristãos não necessitam da lei para agradar a Deus. “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.” Gálatas 2:16
Além do fato de que a lei está anulada. “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” Romanos 10:4

E finalmente se cumprirmos a lei, estaremos presos a cumprir ela inteira. Se uma pessoa cumprir a lei ou escolher cumprir apenas um ponto da lei, deve se responsabilizar de cumprir todos os outros “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.” Tiago 2:10

Na maioria das vezes, por interesse próprio, misturam a lei e a graça. Ninguém menos que o Apóstolo Pedro teve um comportamento parecido com os lideres atuais e chegou a ser inclusive repreendido pelo Apóstolo Paulo, como está escrito em Gálatas 2:14 “Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?



É aqui que cabe o questionamento - Porque os cristãos se apaixonam pelo judaísmo – ou pelo menos por parte dele. Entenda supostamente porque isso acontece?
A primeira hipótese é que as pessoas não sabem o que é a lei. Observe algumas leis do velho testamento que deveriam ser cumpridas pela pessoa que cumpre qualquer outra lei, como o Yom Kipur, por exemplo.





Lei sobre sangramento – Só o fato de sangrar, já fazia qualquer pessoa impura. “Qualquer homem que tiver fluxo(sangramento) da sua carne, será imundo por causa do seu fluxo.” Levítico 15:2

Lei sobre menstruação – Uma mulher que entrava em seu ciclo de menstruação se tornava impura e deveria ficar em lugar separado. “Mas a mulher, quando tiver fluxo, e o seu fluxo de sangue estiver na sua carne, estará sete dias na sua separação, e qualquer que a tocar, será imundo até à tarde.” Levítico 15:19

Lei sobre virgindade – Se uma mulher casasse e fora constatado que não era virgem, ela deveria ser apedrejada. “Porém se isto for verdadeiro, isto é, que a virgindade não se achou na moça.Então levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim tirarás o mal do meio de ti.” Deuteronômio 22:20-21

Lei sobre vestuário – Pela lei, ninguém poderia usar dois tecidos ao mesmo tempo( eu não poderia usar terno de linho com calça jeans). “Não te vestirás de diversos estofos de lã e linho juntamente.” Deuteronômio  22:11

A segunda hipótese é que o judaísmo é constituído por festas ou comemorações, e isso o povo adora. Diferentemente do Judaísmo , os cristãos não tem a referência  de datas e festas que agitam a religião judaica, exceto o primeiro batismo e santa ceia – o ser humano é voltado a emoção gerada por algum evento – Enquanto o cristianismo é voltado para um único evento, que é a volta de Jesus.  “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” Tito 2:13

A terceira hipótese é que o Cristianismo exige muito serviço, dedicação e sacrifício pessoal, não que o judaísmo não exija isso, mas no cristianismo o serviço é maior do que a cerimônia – Em consequência disso, os cristãos observam muito pouco o cristianismo, o evangelho.

A lei do velho testamento é simplesmente assustadora!


Entenda Yom Kipur - Yom kipur, importante data do calendário judeu, geralmente entre setembro , outubro ou novembro, observado sob oração intensa e jejum de 24 horas – O filósofo religioso Maimônides dizia que Yom Kipur  “É o dia de arrependimento para todos, para o indivíduo e para a comunidade; é o tempo do perdão para Israel. Por isso todos são obrigados a se arrepender e a confessar os erros em Yom Kipur." A expiação não é meramente a remissão da punição pelo pecado; significa também que a alma de um judeu é purificada das máculas causadas pelo pecado. Além disso, não apenas nenhuma impressão das transgressões permanece, como as transgressões são transformadas em méritos. Em Levíticos 23:26 ao 32 detalha que nada poderia ser feito neste dia a não se afligir pelos seus pecados e sacrificar pelos seus pecados (Levíticos 16:16).
Nesse dia o sacerdote oferecia sacrifícios a Deus para o perdão dos pecados. Todavia os cristãos não precisam seguir o feriado judaico, Cristo já fez e foi o sacrifício para os pecados. “Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação.Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” Hebreus 9:11-12 - Leia todo o capitulo de Hebreus 9
Seguir o ritual de Yom Kipur, o dia da expiação, seria nada menos do que ofender a Cristo, que faz todo o sacrifício.

Por Davi Oliveira

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Evangelize da maneira correta


Toda forma de evangelização é aproveitável e válida?

A Igreja de uns tempos para cá, está diante da mesma discussão – O evangelismo liberal “que pode tudo” divide a opinião os cristãos, embora vem encontrando cada vez menos resistência. Todavia, há uma pergunta que ninguém tem respondido com coerência - Podemos utilizar qualquer método para atrair pessoas a Cristo?
Verdadeiramente nós temos o desafio de apresentar o Evangelho a diferentes culturas. Nos dias de hoje está tudo avançado até para evangelização. Do porta a porta e cruzadas evangelísticas, até o uso dos meios de comunicação como rádio, TV e internet ou meios de distribuição como de folhetos, camisetas, letreiros, adesivos. Ou novidades, muitas vezes até comerciais como músicas, danças, shows e outros métodos como promover lutas estilo UFC em nome de Jesus. Muitos se apoiam naquilo que está escrito “Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda.” Filipenses 1:18 -
É ai que surge então a tradicional interrogativa - Toda forma de evangelização é aproveitável? Toda forma de evangelização é válida? Que é aproveitável está bem claro que sim, mas se tudo é válido é de se pensar.

Veja agora algumas questões que devemos analisar na hora de praticar o evangelismo nos dias de hoje:

Distorção da mensagem
O problema é: A maneira que nós evangelizamos e a mensagem verdadeira nunca estão juntos.

É inevitável falar de céu e inferno, amor e justiça, vida e morte, pecado e santificação, velho homem e novo homem. Se nossa prioridade estiver em aumentar o número de membros da igreja, e não em aumentar o numero de salvos, nós não estamos cumprindo nossa verdadeira missão. Na maioria das vezes um conteúdo criativo sobre o evangelho distorce muito a verdadeira essência do que Jesus disse sobre “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lucas 9:23) 


Como separar todo o conteúdo evangelístico daquilo que a fonte original traz.
Deixe me dar um exemplo: Se você faz um funk de Jesus. Como separar a sensualidade que há no funk com a espiritualidade que deve ter uma adoração a Deus? - Ou como você vai ouvir um ritmo que incita e provoca a carne e colocá-lo como representante do espiritual. O pior é que a coisa se espalha poderosamente a ponto de alterar os costumes puros e santos da igreja.


Deve-se tomar o cuidado para que não crie a mentalidade que ser cristão é apenas uma transferência de lugar frequentado - mantendo as mesmas práticas, apenas mudando o local e não o coração – De uma casa noturna para um templo e mantendo o mesmo estilo de vida. Deixa-los de fora desta que a nossa maior luta em toda carreira cristã – a luta contra nós mesmos e nossas velhas práticas. O pastor batista John Piper certa vez disse “Se você altera ou oculta o retrato bíblico de Deus, a fim de atrair convertidos, você não está convertendo a Deus, você está obtendo convertidos a uma ilusão. Esta não é a evangelização, mas engano."


 É certo que nós temos que evangelizar porque a conversão é o momento mais importante da vida de uma pessoa. Se ela não for ensinada adequadamente á luz das Escrituras no início, dificilmente isso acontecerá depois ou ela aceitará a forma correta fora do período do primeiro amor . As pessoas sempre se converterão ao evangelho ao longo da história sem precisar de atalhos ou uma mensagem mais leve e distorcida. Optemos então, pela verdadeira pregação do evangelho que sempre muda o coração, despertando-o ou endurecendo, como diria Lutero “É melhor ter alguma dificuldade em ouvir o evangelho do que não ter qualquer dificuldade em ouvir o que está bem longe de ser o evangelho.”

"Nós temos que destacar um ponto importante sobre os diferentes métodos de evangelização. É mais do que óbvio que não podemos atrair pessoas sem antes ganhar a confiança delas, visto que para ajudá-las é preciso atrai-las, e não simplesmente colocar a mensagem a força. Entretanto, após atrai-las, devemos dar a elas alimento sólido e não leite, para que progridam na fé. É nossa responsabilidade transmitir a elas o que realmente significa alguém separado para Cristo. Como está escrito em Hebreus 5:13-14 “Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal."


Por Davi Oliveira

sábado, 5 de setembro de 2015

Você já reparou que as pessoas querem tudo?


Crianças tem o costume de querer tudo que veem pela frente. A frase “Mãe, eu quero isso ou aquilo” é que os pais mais ouvem na infância de seus filhos. O interessante é que os adultos não crescem com uma mentalidade diferente, que a essa altura assume o nome de consumismo. Até os princípios do atual mundo capitalista e consumista tem aumentado desequilibradamente a tendência da natureza humana de sempre querer mais. Afinal, você já reparou que as pessoas querem tudo? – “Eu quero ter isso, eu quero ter aquilo”. E quando não muito corajosas se contentam com o verbo “eu queria”. Temos passado o tempo todo se desgastando em prol das coisas que ainda não possuímos ou nem precisamos. E não é apenas um fruto de uma fragilidade de particularidade do homem moderno como muitos especialistas dizem, mas está enraizado na natureza humana desde seu princípio. Há mais de 2.000 anos atrás Salomão escrevia “os olhos nunca fartam” (Provérbios 27:20) – E, de fato o mundo moderno despertou ainda mais o coração do homem para essa correria em busca do ter, querer e possuir cada vez mais – Além do mais, as condições de hoje colocaram confiança nas pessoas para defender essa mentalidade. Mas, assim como todas as coisas usadas em excesso, corresponder todos os pedidos do seu coração pode ser perigoso – Principalmente se sua mente está mal treinada ou fora de controle para dizer “Não” as vezes.
Portanto, quando seu coração tem um desejo pode significar prazer saudável ou problemas à vista.

Veja a seguir, as principais mentalidades que o consumismo produziu ao longo dos últimos 100 anos


Eu sou o que tenho e o que consumo – Se torna uma escravidão.
As pessoas tem se deixado serem exploradas, porque de certa maneira estão identificadas com aquilo. Sem perceber colocam seu valor nas coisas que possuem ou compram. 


Pessoas gastando o dinheiro que não tem, para comprar coisas que não precisam, para impressionar pessoas que não gostam. Em busca de sua melhor versão para a sociedade aprovar, as pessoas tem feito absurdos apenas para garantir seu lugar nessa disputa maluca por status.


Pessoas tentando ser alguém que não são - É uma espécie de ilusão ótica pessoal - e muitas vezes nos deparamos com a triste realidade que o alvo conquistado era apenas mais uma coisa e não a coisa – Que pelo menos na fantasia e imaginação seria algo que incrementaria a felicidade disparadamente e não aconteceu. A verdade é que todos nós queremos, não algo a ver com alguma coisa, mas algo para fazer” . E depois que o desejo é cumprido, partimos para uma nova caçada – Quase nunca satisfeitos.

Por Davi Oliveira


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O que é o mundo sem a moralidade?


O que é o mundo sem a moralidade? Ou como seria tudo sem o conjunto de valores, normas e noções sobre o que é certo ou errado, proibido e permitido na sociedade. Nós precisamos da moralidade para colocar ordem nas coisas, sem sombra de dúvidas. Entretanto, a moralidade é uma das coisas mais perigosas que um homem pode lidar durante sua vida. O sábio Salomão escreveu e apontou que a moralidade excessiva pode levar a destruição.
"Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?" Eclesiastes 7:16
Essas palavras são uma grande placa de aviso para todas as pessoas que repetem e repetem seus discursos inflamados chamando a atenção para um determinado assunto ou assuntos. Repetem tanto a ponto de não refletirem que algo tornou-se um discurso automático em seu coração. São esses os moralistas falantes.  Aqui cabe a clássica pergunta: Os que divulgam a moral cumprem com seu discurso? Ou são apenas divulgadores que não andam conforme o que dizem?
Nós estamos esgotados de exemplos de pessoas que cavaram buracos que eles próprios caíram. Isso acontece por dois motivos:
O primeiro é que um moralista geralmente é uma pessoa que conhece muito pouco seu ponto fraco ou alguém que conhece o suficiente para tentar encobri-lo. E quando não há uma moralidade com profundidade, isto é uma sustentação diária daquilo que se acredita , a moralidade pode construir no homem exatamente o contrário do que o moralista defende. Sim! É possível se contaminar com aquilo que sempre sai de nossa boca. Jesus confirma isso quando disse: "Não é o que entra pela boca que contamina o homem; mas o que sai da boca, isso é o que o contamina." Mateus 15:11
O segundo motivo é que a maioria das pessoas não acreditam ser capazes de fazerem aquilo que mais abominam - Mas a curiosidade fantasia a mente criando uma armadilha quase sem perceber. Fazendo assim, a mente ceder contra aquilo que é anunciado como proibido por ela mesma.
O Apostolo Pedro escreveu “ Porque de quem um homem é vencido, do mesmo é feito escravo.” II Pedro 2:19
“Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo pleno conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficam de novo envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior que o primeiro.” II Pedro 2:20
O apóstolo Tiago inspirado pelo Espírito Santo completa esse tema quando escreveu: "Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido." Tiago 1:14



A pior noticia sobre moralidade é que ela não é cultivada de maneira saudável pode se tornar presunção ou uma opinião excessivamente boa acerca de si mesmo, que por sua vez engole nossas convicções - Aquilo que a mente mais ataca é o lugar que ela pode desenvolver uma vulnerabilidade profunda – É a lei daquilo que você despreza – e de repente se torna a única coisa que você tem.  A maioria dos moralistas nunca sofreram testes para ver até onde podem sustentar aquilo que defendem ou atacam. As leis e os princípios não são para os momentos em que não há nenhuma tentação, são para momentos de teste - Quando sua mente é colocada contra a parede, ou como diria o psiquiatra Carl G. Jung sobre aquela hora em que " O pêndulo da mente oscila entre o que faz sentido e o absurdo, não entre certo e errado."  A falta de profundidade e firmeza na moralidade é que ele tem levado os moralistas a fazerem aquilo que mais abominam.  Até abrirem mão do que é correto e santo, para atender aos desejos mais obscuros que um dia foram repugnantes a eles mesmos - Ou você nunca fez aquilo que mais atacou um dia?
Deste modo sobreveio-lhes o que diz este provérbio verdadeiro; Volta o cão ao seu vômito, e a porca lavada volta a revolver-se no lamaçal.” II Pedro 2:22



A questão é, não há nenhum problema com moralidade. Desde que você esteja sendo honesto consigo mesmo sobre ela – A curto ou longo prazo. Se você não proteger sua mente com vigilância, vai chegar um momento que aquilo que você mais ataca, será a única coisa que que vai ficar na sua frente, ou como diria o filósofo Friedrich Nietzsche "Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.

“Pois não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque.” Eclesiastes 7:20

Se você não tomar cuidado, você faz aquilo que mais critica - A vida é assim!

Por Davi Oliveira